quarta-feira, 8 de junho de 2011

Manifesto de papel higiênico

O que esperar de um texto de um estudante para ser lido aqui? Venho falar de política e desejo. Se por um lado confirmo as expectativas de escrever sobre aquilo que já beira o banal pelo modo através do qual é tratado, por outro lado venho falar exatamente de sua condição pouco atraente.
Ao mesmo tempo em que os estudantes dessa instituição procuram seus cursos de maneira geral devido ao sentimento de culpa ou responsabilidade com relação ao mundo, sãos os mais ansiosos que se filiam aos grupos de vanguarda para gritar nas nossas assembleias.
A ansiedade dá forma e conteúdo à política, antes definida por ânsia do que por desejo. Constitui-se, portanto, a política do vômito. Há transbordamento estomacal.
Sufocados no refluxo estudantil, muitos apaixonados se enojam e, se não propõem a limpeza estomacal da política, são repelidos pelo odor fétido. Mas sabemos que todo esse (des)ânimo político faz sofrer demais... Pobres jovens que choram silenciosamente (?) pelos corredores desse isntituto. Não é pra ser culpa, e sim responsabilidade, toda essa afetação.
Resta-nos enojar ou regujitar incessantemente?
É preciso sofrer antes de tudo no lugar certo, e comer taradamente todo esse vômito para digeri-lo. Uma política da defecação pode nos dar aquele tesão que nos falta há muito com relação à política...

Ass: Cagão mascarado

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Espaços e palavras.

Nós, o coletivo de pessoas que formaram a Chapa Independência ou Marte ao final de 2010,  fomos eleitos com a premissa da abertura de novos espaços, de vivência e de diálogo. Este espaço pretende ser um desses, tanto para a nossa comunicação interna, entre os membros do coletivo, tanto quanto entre a Comunidade Acadêmica em geral.

Tendemos a viver o espaço da Universidade, muitas vezes, como um espaço de "passagem", porém gostariamos de propor que "fiquem" e ao invez de "fazer" a Unicamp, "vive-la". A nossa grade de horário e os discursos que tangenciam a todos nós,  fazem com que encaremos nosso tempo na Universidade como uma passagem, e a vivência dela como um grande trampolim ao mercado de trabalho.

Mas em geral vivemos, e como vivemos! Mas nunca sem a pressão do tempo, e da produção que se exerce sobre nós. No limite, somos levados a encarar a Universidade da perspectiva do consumo, que está também associa-la  não só ao "não vive-la" e a produzir, produzir produzir, mas também ao nosso não pertencimento de nós, aos espaços que compomos - das nossas salas de aula, dos nossos institutos, da Nossa Universidade. Assim, por mais que juntos, estamos profundamente divididos e individualizados.

Propomos aqui outra lógica. Se puderem, atrasem seus cursos, e façam seus trabalhos academicos mais pelo prazer do que aprendem do que pela necessidade de agradar as preocupações estéticas de algum docente. E se não tem prazer naquilo que fazem - parem de fazer. Não cumpram os prazos, e faltem algumas aulas para conversar com os amigos na grama.  Essas coisas nos acrescentam mais do que o conhecimento barato "para-provas", que esqueceremos nos meses seguintes. Nossos vinculos, nossas vivências e só o conhecimento vivo, esse que nos toca, e nos muda.

Somos parte desse espaço, não seus "clientes" ou "consumidores". Reinvindicamos portanto o direito de construi-lo. Portanto, participar - Nos tornarmos Comunidade.

Este é um espaço de nós todos, componentes da comunidade IFCHana e da Unicamp, representados ou não institucionalmetne pelo CACH, mas que tenham, fundamentalmente, interesse em se expressar dentro deste espaço que gostaria de se constituir como canal de comunicação.


Sejam bem vindos!

Um Abraço a todos.